Proposta é aumentar a viabilidade de laticínios fluminenses frente à
concorrência da entrada no mercado de produtos de outros estados
O secretário de
Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro,
Eduardo Lopes, acompanhado pelo subsecretário Ramon Neves, receberam na
sexta-feira (8) representantes do Sindicato da Indústria de Laticínios e
Produtos Derivados do Estado do Rio de Janeiro (Sindilat-RJ). O objetivo foi
estabelecer um plano de trabalho para o desenvolvimento de ações que impactem
positivamente o setor.
_Temos hoje um
cenário que favorece indústrias e produtores de leite de fora do estado do Rio
de Janeiro. Eles se instalam aqui e aproveitam os benefícios fiscais para
lucrar em cima do mercado fluminense, que é muito amplo. O que queremos é
proteger as nossas empresas - declarou o secretário.
Durante a reunião
foram encaminhadas duas minutas de decreto. Uma delas, para corrigir as
distorções em relação ao Riolog (programa de incentivos fiscais) e a outra em
relação ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre os
produtos lácteos e seus derivados.
_O setor de
laticínios vem sendo marginalizado nos últimos anos e sofre um alto impacto em
relação às políticas fiscais do estado, que não pensam no lado do produtor -
afirmou Ramon Neves.
Segundo o
presidente do Sindilat, Antônio Carlos Cordeiro, hoje, o consumidor vai ao supermercado
e encontra o queijo muçarela por R$ 15 reais o quilo. No entanto, ninguém no
estado consegue produzir por este valor.
_ Quando esse
queijo vem de Rondônia, Minas Gerais ou de outros estados com preço muito
menor, além de não sabermos qual é a sua procedência, que depende muito da
fiscalização estadual, inviabiliza o desenvolvimento do nosso setor de
laticínios - alertou.
De acordo com o
subsecretário Ramon Neves, e expectativa do governo é trabalhar integrado com o
setor para destravar os gargalos que impedem o crescimento da cadeia produtiva
leiteira no Rio de Janeiro.
_ O governador
deixou claro, em seu discurso de posse, a importância do setor agropecuário,
pesqueiro e da aquicultura como um dos pilares para a recuperação econômica do
estado – enfatizou.
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