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terça-feira, 27 de agosto de 2019

Governo busca revitalizar produção em coqueirais fluminenses

A revitalização da cultura do coco está na mira do Governo do Estado por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio de Janeiro (Emater-Rio), vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (Seappa). A ação busca dar novo fôlego para a atividade econômica que envolve cerca de 600 produtores e mais 200 famílias em diferentes regiões fluminenses.

– Iniciamos trabalho visando a revitalização da cultura do coco no estado do Rio de Janeiro, que na década de 1990 teve sua expansão no estado, atingindo em 2009 a produção de 22,5 milhões de litros de água de coco, entretanto nos últimos 10 anos a produção caiu vertiginosamente chegando a 6,7 milhões de litros de água de coco em 2018, conforme ilustrado no gráfico a seguir. O programa de revitalização da cultura tem por objetivo recuperar os coqueirais e aumentar a oferta de coco verde, garantindo o abastecimento das quatro agroindústrias que envasam água coco fresh no Estado – explica o diretor técnico Emater-Rio, João Batista Alves Pereira.

A proposta do programa é dobrar a atual produtividade média de 50 frutos/coqueiro/ano para ao menos 100 frutos/coqueiro/ano, e recuperar cerca de mil hectares em dois anos. O programa irá atuar nos municípios polos de produção localizados nas regiões das Baixadas litorâneas, Metropolitana e Norte do Estado do Rio de Janeiro.

– Se pensarmos em rendimento, em valores pagos brutos, há uma variação de R$ 20 mil, chegando a R$ 25 mil por hectare – diz Pereira que visa trabalhar com 2,2 mil hectares no estado.

Os frutos são destinados principalmente ao mercado de consumo “in natura”, com grande potencial de venda para o envasamento de água de coco fresh, ou seja, a água de coco que não tem utilização de conservantes. Com a expansão anterior da cultura do coco, unidades indústrias foram erguidas em Barra do Piraí, em Cachoeiras de Macacu, São Pedro D’Aldeia e Quissamã, município que mais produz no estado.

Considerando que atualmente as agroindústrias instaladas no Estado importam de outros estados a grande maioria do coco processado, o aumento da oferta de coco verde pelos produtores fluminense poderá ser colocado nestas agroindústrias, melhorando a qualidade de final do produto e contribuindo para o desenvolvimento local.

A revitalização envolve diferentes agentes como a Pesagro, dentro da estrutura da Seappa, Ministério da Agricultura, Embrapa. A meta é ter coqueirais recuperados entre dois e três anos. Os produtores terão acesso a linha de crédito do programa Frutificar, com recursos do Governo do Estado. Os empréstimos terão com carência de dois anos para investimento na produção com taxa de juros de 2% ao ano.

O Rio de Janeiro tem períodos de estiagem e para reduzir seus efeitos na produção nos coqueirais, o programa investe no manejo e irrigação para trabalhar com a maior produtividade possível.

E as áreas de produção estão necessariamente ligadas a alguma agroindústria, com distâncias de 50 km no máximo, para garantia da venda do que foi produzido.




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