A Centrais de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro (Ceasa/RJ), em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SMASDH), realizou, na manhã desta terça-feira (20/8), campanha de combate à exploração sexual e ao trabalho infantil nas dependências e no entorno do mercado de Irajá, na Zona Norte do Rio.
A ação de conscientização foi destinada a comerciantes, permissionários, funcionários e frequentadores. Houve distribuição de material informativo para os clientes do espaço, orientação jurídica e de acesso à documentação gratuita, além de instrução quanto a cursos grátis oferecidos pela Prefeitura do Rio de Janeiro.
Equipes formadas por funcionários da Ceasa e da SMASDH percorreram os pavilhões da central de abastecimento durante toda a manhã e conversaram pessoalmente com os permissionários do mercado sobre as formas de combate à exploração sexual e ao trabalho infantil.
Os lojistas foram receptivos e cartazes com informações sobre esses temas foram colados nas lojas.
Participaram ainda da ação o subsecretário estadual de Agricultura do Rio de Janeiro, Ramon de Paula Neves; tenente Saldanha, do 41º BPM (Irajá), representando o comandante da unidade; representantes da Associação Comercial dos Produtores e Usuários da Ceasa/RJ (Acegri) e da Casa Coqueiro; além de equipes de diversas unidades de referência em Assistência Social da SMASDH.
A Ceasa de Irajá é o segundo maior entreposto de hortifrutigranjeiros do país. De acordo com a presidente da instituição, Bianca de Carvalho, 50 mil pessoas circulam diariamente pelo complexo. Ela ressalta a importância de sensibilizar clientes e funcionários quanto aos dois tipos de crimes praticados contra as crianças e adolescentes.
“Precisamos conscientizar toda a população e garantir a proteção desses jovens que se encontram em situação de vulnerabilidade social”, salientou a presidente da Ceasa/RJ.
Segundo a coordenadora da 6ª Coordenadoria de Assistência Social e Direitos Humanos (6ª CASDH), da Prefeitura do Rio, existem diversas medidas protetivas para as crianças e adolescentes que se encontram em situação de risco. “Dependendo do caso, na questão do trabalho infantil, é possível ainda ofertar algum tipo de benefício à família para acabar com o problema”, observou Sidnea da Silva Belo.
Somente o Disque 100, canal para comunicar violações contra os direitos humanos, recebeu, entre 2011 e 2018, 36.877 denuncias de exploração sexual infanto-juvenil no país. No mesmo período, os casos de exploração do trabalho infantil relatados ao Disque Direitos Humanos chegaram a 47.456.
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