A Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin) passou exigir a implantação de programa de compliance a empresas que pedirem incentivos fiscais no Estado. O Rio de Janeiro é o primeiro Estado a fazer esse tipo premissa.
De acordo com a portaria assinada pelo presidente da instituição, Fábio Galvão, a exigência não é válida para pequenas ou médias empresas, com faturamento anual abaixo de R$ 4,8 milhões. Já companhias com ganhos acima de R 300 milhões devem comprovar à Codin a existência de programas de integridade em até 180 dias. Se o faturamento ficar entre R$ 4,8 milhões e R$ 300 milhões, o prazo aumenta para um ano.
Para Galvão o compliance passa longe de ser apenas um manual de boas práticas. “Compliance já é um atributo de negócios. Mais que isso, é um facilitador na interação entre o público e o privado, pois trabalha com a transparência. Isso ajuda na relação de negócios entre eles, porque demonstra comprometimento com a ética”, afirmou o presidente.
A Codin é a porta de entrada dos investidores no Rio de Janeiro. Aos empreendedores e municípios interessados em investir no Rio, a companhia oferece serviços como consulta ao Banco de Áreas Livres existentes nos municípios, concessão de espaços nos Distritos Industriais, interlocução junto às agências de fomento estadual e federal, orientação na aquisição dos incentivos tributários e financeiros e suporte na implantação e ampliação. “Nós precisamos oferecer um ambiente juridicamente seguro, onde haverá a certeza de que tratativas entre o Estado e a iniciativa privada serão trabalhadas de forma republicana e proba. É também uma maneira de premiar as empresas que assumirem compromisso efetivo com a prevenção da corrupção e das más práticas administrativas", concluiu Galvão.
Segundo a portaria emitida pela Codin, o programa de compliance deverá conter código de ética, implantação de canal de denúncia, treinamentos periódicos sobre o trâmite de denúncia e registros contábeis que devem refletir as transações da empresa.
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