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quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Rio de Janeiro pode não precisar mais vacinar contra febre aftosa

Fórum realizado no município de Valença com a presença do secretário Estadual de Agricultura Marcelo Queiroz, discutiu o plano estratégico contra vacinação da febre aftosa

O Estado do Rio de Janeiro pode ficar livre da vacinação contra febre aftosa. Para isso deve cumprir os requisitos do Ministério da Agricultura que lançou um plano estratégico para reconhecer o Brasil como livre da febre aftosa sem vacinação. O principal objetivo deste plano é alcançar novos mercados consumidores, além de passar a exportar para países que ainda não compram carne do Brasil, pois o rebanho ainda é submetido à vacinação. Visa também, fortalecer as medidas de prevenção e redução das vulnerabilidades, aprimorar as capacidades do serviço veterinário oficial nos estados, fortalecer as parcerias público-privadas e contribuir com a modernização da defesa agropecuária
 
Desde 1997, o estado do Rio de Janeiro não registra foco da doença. No Brasil, apenas o estado de Santa Catarina é reconhecido com o status de livre da febre aftosa sem vacinação. Já o estado do Paraná suspendeu a vacinação neste ano e busca o reconhecimento internacional.
 
De acordo com o cronograma do Ministério da Agricultura, o estado do Rio de Janeiro e o restante do País podem deixar de vacinar contra a doença em 2021. Para tanto, deve cumprir uma série de ações que permitam comprovar que o rebanho brasileiro não será mais afetado, como: barreiras sanitárias, controle das rotas, vigilância específica nas fazendas, monitoramento, sorologia para a certificação de que não existe circulação viral, entre outros pontos.
 
É um Plano de responsabilidades compartilhadas. Por isso, a Secretaria de Agricultura realizou com a presença do secretário Marcelo Queiroz, o “Fórum Estadual de Plano Estratégico 2017 – 2026”. Na ocasião foram apresentadas e discutidas ações do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa - PNEFA. Somente após a avaliação satisfatória da qualidade do serviço sanitário, que vem sendo auditado pelo Ministério da Agricultura através do programa Quali – SV, o Brasil ficará livre da vacinação.
 
- A Secretaria de Agricultura, em parceria com a Faerj, que representa o setor produtivo e o Ministério da Agricultura estão realizando esses fóruns para dar ampla divulgação das ações que são necessárias para serem desenvolvidas por todos. E dessa forma possamos obter o status sanitário para no futuro caminharmos sem vacinação.” – disse Marcelo Queiroz.
 
O produtor rural José Carlos de Carvalho Pires, participou do fórum e aproveitou para esclarecer várias dúvidas. Há 40 anos no campo, ele acredita que a não vacinação contra febre aftosa, é muito importante para os pecuaristas.

“A principal vantagem, é econômica sem dúvidas. A partir do momento que o rebanho não precisar mais ser vacinado, o manejo com o gado diminui, diminuindo também as despesas do produtor, mão de obra, inclusive o custo da vacina. Além disso evita também o estresse no animal. Estou bem receptivo a essa mudança.”

O debate aconteceu no município de Valença, na região Médio Paraíba, e na última terça-feira, o mesmo fórum foi sediado em Campos dos Goytacazes. O evento em Valença teve as presenças do Reitor da UNIFAA, Antônio Celso, do Superintendente de Defesa Agropecuária, Paulo Henrique Moraes, Superintendente Federal da Agricultura do Ministério da Agricultura, Dra. Renata Briata, Representante do Centro Pan-Americano de febre aftosa, Mauricio Salles, Secretário Municipal de Agricultura de Valença, Edmar Pacoal Xavier. Além de pecuaristas, técnicos da Áreas, professores e produtores rurais.

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